quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Corte de custos foi uma das causas de vazamento no Golfo

México - Cortes de custos feitos pela empresa petrolífera britânica BP e por suas parceiras nos Estados Unidos foram parcialmente responsáveis pela explosão da plataforma Deepwater Horizon, no ano passado, no golfo do México, que levou a um dos maiores vazamentos de petróleo da história, afirmou uma comissão especial do governo americano na noite desta quarta-feira, 5.

De acordo com uma prévia do relatório final, que será divulgado na próxima semana, "falhas sistêmicas de gerenciamento" na BP e nas parceiras Transocean e Halliburton causaram o acidente.

Ainda de acordo com a comissão da Casa Branca, desastres como o do golfo do México, em que mais de 4 milhões de barris de petróleo vazaram no mar durante meses, podem voltar a ocorrer se a indústria não deixar de ser "complacente".

Segundo parte do relatório publicada pelo jornal britânico The Guardian, muitas das decisões equivocadas que levaram à explosão, no dia 20 de abril de 2010, foram tomadas para economizar tempo e dinheiro.

- Propositalmente ou não, muitas das decisões que BP, Halliburton e Transocean tomaram, e que aumentaram o risco de explosão, claramente economizaram tempo (e dinheiro).

BP não identificou aumento de pressão
Segundo o documento, a explosão foi causada por um súbito aumento na pressão de gás dentro do duto que ligava a plataforma ao poço de petróleo, no fundo do mar. A anomalia, ainda de acordo com a comissão, não foi detectada rapidamente pelos técnicos das empresas.

A explosão "foi o resultado de uma série de erros humanos e descuidos de BP, Halliburton e Transocean, que ignoraram as regulamentações das autoridades, assim como os recursos necessários e a experiência técnica para a prevenção de acidentes", destaca a comissão.

O grupo Transocean era o proprietário da plataforma fretada pela BP que afundou no acidente.

A americana Halliburton, que presta serviços à indústria petroleira, admitiu em outubro do ano passado que não realizou um teste chave sobre o estado do cimento no poço antes da explosão, mas acusou a BP de conivência.

A má qualidade do concreto que deveria selar o fundo do poço é um dos principais pontos abordados pelo relatório americano, que, no entanto, culpa a empresa britânica por não identificar a falha e por não interpretar corretamente um teste de pressão que mostrava que a perfuração não tinha sido corretamente fechada.

Empresas podem ter que pagar bilhões
De acordo com o Guardian, apesar de responsabilizar as três empresas, o relatório aponta que a BP esteve envolvida em todas as decisões que aumentaram o risco de explosão.


Fonte: R7

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